sábado, 17 de setembro de 2011

Sonhos e Imaginação

Basicamente existem em todos e cada um de nós. Uns mais, outros menos mas todos temos ou tivemos. Pelo menos em crianças, sonhávamos ser heróis, sonhávamos com muitas profissões que nos tocavam especialmente. Sonhávamos em ser príncipes e princesas, magos e fadas, enfermeiras e médicos, engenheiros, bombeiros, professores, educadores e muitos outros.

Acordados desses sonhos, imaginávamos essas aventuras enquanto brincávamos saudavelmente. Aprendíamos ou não, não interessava. Sonhar, dar asas a imaginação, fazia-nos crianças felizes e sorridentes. Dava-nos esperança a nós e aos que nos rodeavam, sem querer fazia-mos bater mais forte o coração do mundo.

Depois começamos a crescer. A imaginação torna-se humorística em vez de utópica. Fazemos então um pouco de mal ao mundo quando fazemos e dizemos coisas erradas. Abrimos feridas que deixam cicatrizes nas nossas personalidades e nas dos outros. No entanto não deixávamos de fazer bem. As feridas maturavam, tanto pessoas como a história. Deixavam cicatrizes que nos deixavam agora uma nova lição importante, mas subentendida. As cicatrizes lembram-nos que existe a infelicidade. Mas o corolário diz que depois de saberes o que é a infelicidade, tens de dar mais valor à felicidade. Diz-nos que temos de ser humildes na nossa felicidade e na nossa vida.

Eventualmente, tornamos a um ponto onde somos egoístas. A nossa felicidade passa então pela felicidade dos outros. Dos que nos são queridos, dos amigos de quem gostamos muito, daqueles que trouxemos a este mundo. Queremos dar felicidade aos outros, porque passa por lá a nossa própria felicidade. Mas até que ponto podemos reprimir semelhante egoísmo? Filosoficamente é contraditório, mas por alma de quem podemos recriminar essa postura? Altruísmo, definitivamente impossível de discutir na filosofia. Não que não haja discussão possível, é apenas inútil perder tempo nisso a menos que não hajam uvas para apanhar.

Mais tarde, a nossa imaginação trilha, ou não, diferentes caminhos. Podemos continuar a imaginar pela diversão, ou podemos contribuir. A imaginação pela diversão é basicamente manter viva a criança que há em nós. Continuarmos a sonhar, mas agora com humildade. A contribuição passa por criar aquilo que faz falta. Aqui, a imaginação larga o sonho para tornar o indivíduo num visionário. Pegar em algo, imaginar que felicidade se criaria, imaginar como fazer funcionar.

Até que no fim, para partirmos em paz, imaginemos o que teria sido se tivéssemos feito antes isto ou aquilo, ou se de outra forma não teria sido melhor ainda. E a única coisa que temos a fazer é deixar esses últimos flocos daquilo que nos moveu em vida aos próximos. Assim, eles farão o que os fez tão felizes e aquilo que confiarão como melhor. Assim, muito humildemente, seremos eternizados sem nome na felicidade de todos os que tocámos.

Sonhem, imaginem, vivam...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Palavras, o poema inútil...


As palavras são insignificantes
Quando um olhar diz mais que livros em instantes
Um sorriso aberto e profundo anima
E traz sempre uma grande alegria
Então para que escrevemos e descrevemos
Quando podemos sentir o que vemos
Mesmo que as palavras carreguem uma enorme simpatia
Porque persistimos tanto
Quando é difícil descrever um encanto
Onde está a boémia nas noites de solidão
Enquanto se dedica um poema ao coração
Também nunca se falaria de amor
Não fossem as longas cartas dedicadas
A alguém que sentisse o seu valor
E sempre as tivesse bem guardadas
Como não dormi até então
Deixei um desabafo
Sosseguei um coração
Ponto final, parágrafo...

domingo, 19 de junho de 2011

O truque está na mercearia...

Basicamente apenas é preciso somar. A vida é uma conta de mercearia, simples rápida.


Que somos resultado da soma de tudo aquilo por que passámos, já toda a gente sabe.


O que nem toda a gente se lembra, é independentemente dos números, somos nós que escrevemos o resultado.



Nunca se esqueçam, a álgebra diz que nem em todos os espaços, "1+1=2"...

Não me falem mais no assunto

A decisão que tomei, já fez mais de um ano, foi correctíssima. Pela primeira vez na minha vida pensei em mim e na minha cabeça e na minha vida. Acertei. Foi a melhor coisa que me aconteceu. Venha quem vier, digam o que disserem, pensem o que quiserem... NÃO QUERO SABER, SINTO-ME MUITO BEM COM ESSA DECISÃO PORQUE NOTO A CADA DIA QUE FOI A MELHOR.

Se mais alguém me disser que sabe melhor que eu os meus motivos, que sabe melhor que eu se foi boa ou não a decisão, se sabe mais que eu sobre esta parte de mim... Pode crer que é a última vez que fala comigo...

terça-feira, 1 de março de 2011

Se tem que ser, podia não ser assim...

É duro, é triste, é doloroso, mas tem que ser tem que ser. Terá? Se podia ser diferente? Podia. E porque é que não foi? Porque é que tem mesmo que ser assim? Terei eu feito alguma coisa que não devia? Terei eu não feito alguma coisa? O quê? Porquê? A sério custa tanto que não devia.
Esclarecendo...
Porque é que há atitudes que vêm mesmo não sei de onde, e apenas o instinto ou o coração dizem que tem que ser? Porque é que são precisamente essas que magoam mais? Será que realmente somos uns bonequinhos para uma brincadeira de entidades superiores? Estaremos todos num matrix fenomenalmente tão bem desenhado que pela ocupação a lidar com as outras pessoas nem chegamos a questionar ou viver? Será que tudo o acontece será uma interacção tão incrível do cosmos criado depois do Big Bang?
Melhor dizendo...
Há alturas em que certas coisas acontecem, ou são ditas e desbloqueiam palavras que se calhar nem nós sabíamos ser capazes de dizer. Palavras que rasgam feridas em nós como a faca no bife duro. Palavras que acreditamos, não sei como, que vão mudar o rumo de um futuro próximo, e depois o resto do nosso futuro. Palavras que magoam por sabermos que magoam outros. Palavras que às vezes que dizemos em solidão sem sabermos se são compreendidas ou se são até certas. Palavras que nunca deveríamos ter que dizer. Palavras que nunca deveriam ter motivo para nos saírem da boca. Palavras que tem que sair como lava de um vulcão a explodir.
Quero continuar a perguntar-me porquê. Mas sinto-me consumido por dentro de pensar. Sinto um vazio demasiado cheio de tudo e de nada.

Acabo com um agradecimento aos amigos que sabem quem são...

P.S.:Não quero comentários.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Será do cosmos?

Perdemos.

De entre 3 listas candidatas à associação de estudantes ficámos em último, 100 votos abaixo da segunda lista mais votada e que passou à segunda volta.

Para além de ter perdido um aposta e agora estar a dever uma francesinha a um colega meu, toda esta experiência permitiu-me ver mais daquilo que não gosto de ver. Na minha ingenuidade propositada, não me queria acreditar que a verdade era aquela que se ouve tanto, e em todo o lado, apenas dito da boca para fora.

"O mundo é uma merda porque as pessoas são ainda piores e esquecem aquilo que lhes ensinam enquanto pequenas ou então não tiveram quem lhes ensinasse."

Cada vez mais noto isso e cada vez mais me sinto isolado por pensar que nada se pode fazer. Na minha luta contra o conformismo, noto que há muito boa gente que simplesmente pode-se comportar mal apenas para poder sobreviver melhor. Por exemplo podemos simplesmente olhar para o que acontecia nas favelas brasileiras e ver que muitas vezes o que acontecia lá era mais sobrevivência do que rebeldia, falta de princípios ou algo do género.

Mas se fosse tudo assim, era fácil conseguir mudar tudo num curto prazo. O que cada vez mais se nota é que a verdade, a honra, a coragem de fazer o que está certo e a humildade, são espezinhadas todos os dias.

Quando a sobrevivência era tudo, aí era compreensível certos comportamentos humanos, mas no mesolítico, ou mesmo no neolítico, tinha que ser. De à uns milénios para cá, já muito a mentalidade humana deveria ter evoluído. Os instintos mais animalescos que podemos sentir, já deveriam ser completamente reprimidos por vontade própria, o interesse já deveria ser sempre mais no global que individualmente, o respeito já deveria ser algo presente em cada célula do nosso corpo, e não apenas quando parece politicamente correcto para não prejudicar o interesse próprio.

Algo muito importante que um grande homem ensinou, deveria genuinamente estar disponível em qualquer altura em todo e cada um de nós. Essa atitude humanamente enorme que é o perdão, deveria em qualquer altura ter o mesmo sentimento profundo que outro grande homem mostrou na África do Sul.

Mas porque é que entrámos em ciclos contínuos sempre da mesma coisa, onde cada vez mais a obscuridade das atitudes, o interesse pessoal, a sede de poder, o lado maléfico, vem cada vez mais aumentando. Como acontece esta degradação das pessoas.

O poder deveria ser temido pela responsabilidade que acarreta, o interesse pessoal deveria passar pela felicidade daqueles que mais gostamos, e de todos os outros com que simplesmente trocamos olhares no metro, no autocarro, na rua, que vemos na televisão, deveríamos todos ter a ganância de todos estarmos felizes connosco e com a felicidade dos outros, a humildade deveria ser comum como pó ou chicletes coladas na rua ou mesmo o ar que repirámos, a honra deveria ser certa e dada como adquirida, tal como a contagem dos anos no calendário ou o início e o fim do dia, e o recomeço deste ciclo infindável de dias e noites.

Mas Porquê? É assim tão difícil? Será que esta escalada está associada de alguma forma com a expansão do universo? Será que a preguiça de fazer o esforço por seguir as regras do bom-senso e dar o primeiro passo, é demasiado grande? Será que a sociedade em geral se tornou num comboio gigante, imparável na sua evolução pela linha fora? Será que essa mesma linha tem um fim? Não será possível parar esta enorme massa de atitudes erradas e mudar o rumo?


Valerá a pena ter esperança?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Decisões

Tomei uma decisão. Vou fazer algo que toda a gente me diz para não fazer. Toda a gente me advertiu que me vou arrepender. Toda a gente me diz que é um erro. Agradeço a preocupação, mas toda a gente fez com que eu passasse um mês infernal quando me convenceu a deixar-me ficar. Não vale a pena estar em algo de que já não se gosta. Não vale a pena atrasar ou deixar os outros a pensar que vale a pena contar quando na realidade já não podem contar. O gosto, maior que o de muitos juntos, dentro de mim morreu. Não adianta, continuar seria travar a minha vida, estragar-me ainda mais enquanto pessoa e continuar a viver um engano.

Arrependimento de ter entrado? Não. Definitivamente não. Mas pena que tenha havido este desfecho? Sim. Imensa, mais do que àquela que muitos algum dia hão-de sentir.

Acabou, que fiquemos todos contentes com o futuro que se nos apresenta. Que não hajam ressentimentos. Que se mantenham as memórias que foram boas. Que o resto se foda. Que as amizades se mantenham. Que o espírito não morra em mais ninguém, nunca...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Back, or Not? Here's the Question.......

Não sei, assim como muitas outras coisas que fazem parte da minha vida neste momento, não tenho certezas. Não sei se fico, se bazo. Não sei se faço, ou espero. Não sei se gosto, ou não.

No fim tenho uma única certeza. Há algo que quero atingir. Sinto-me muito próximo de um estágio, o qual persigo à muito demasiado tempo. Mas para o futuro, para esse, há é um caminho com demasiadas bifurcações e demasiados obstáculos a ultrapassar.

Que vou fazer? Para já, continuar. Para já, esperar. Para já, nunca odiar ou afastar ou desgostar. Para já, dar aqui e agora todo o valor do mundo que os meus amigos têm tido para mim, que não fazem ideia. Para já, fazer dos problemas um prego na minha própria contrução, e daquilo que irei criar e deixar-se contruir. Para já, viver como se não houvesse amanhã....

domingo, 6 de setembro de 2009

Já não é igual, talvez possa vir a ser

Porque já não me saem as palavras da mesma forma, e porque escrevê-las já não tem o mesmo significado. Aqui digo que muito pensei escrever, muito tinha preparado para escrever. Talvez esteja com um bloqueio, talvez as palavras voltem a fluir, talvez falte-me só a inspiração certa, talvez a inspiração esteja atrofiada por algum sentimento superior, talvez um dia o liberte, mas para já... O blog parou.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quem me conhece...

Sempre pensei assim. Há quem já tenha ouvido da minha boca, palavras com o mesmo significado, mas de forma menos eloquente.

'Amar é encontrar a própria felicidade na felicidade alheia.' , Leibnitz

Também sou capaz de dizer,

'Amar alguém, é ser-se o único a ver um milagre invisível para os outros.' , F. Mauriac

Há muitas mais para falar, mas estas já dão que pensar......