quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Será do cosmos?

Perdemos.

De entre 3 listas candidatas à associação de estudantes ficámos em último, 100 votos abaixo da segunda lista mais votada e que passou à segunda volta.

Para além de ter perdido um aposta e agora estar a dever uma francesinha a um colega meu, toda esta experiência permitiu-me ver mais daquilo que não gosto de ver. Na minha ingenuidade propositada, não me queria acreditar que a verdade era aquela que se ouve tanto, e em todo o lado, apenas dito da boca para fora.

"O mundo é uma merda porque as pessoas são ainda piores e esquecem aquilo que lhes ensinam enquanto pequenas ou então não tiveram quem lhes ensinasse."

Cada vez mais noto isso e cada vez mais me sinto isolado por pensar que nada se pode fazer. Na minha luta contra o conformismo, noto que há muito boa gente que simplesmente pode-se comportar mal apenas para poder sobreviver melhor. Por exemplo podemos simplesmente olhar para o que acontecia nas favelas brasileiras e ver que muitas vezes o que acontecia lá era mais sobrevivência do que rebeldia, falta de princípios ou algo do género.

Mas se fosse tudo assim, era fácil conseguir mudar tudo num curto prazo. O que cada vez mais se nota é que a verdade, a honra, a coragem de fazer o que está certo e a humildade, são espezinhadas todos os dias.

Quando a sobrevivência era tudo, aí era compreensível certos comportamentos humanos, mas no mesolítico, ou mesmo no neolítico, tinha que ser. De à uns milénios para cá, já muito a mentalidade humana deveria ter evoluído. Os instintos mais animalescos que podemos sentir, já deveriam ser completamente reprimidos por vontade própria, o interesse já deveria ser sempre mais no global que individualmente, o respeito já deveria ser algo presente em cada célula do nosso corpo, e não apenas quando parece politicamente correcto para não prejudicar o interesse próprio.

Algo muito importante que um grande homem ensinou, deveria genuinamente estar disponível em qualquer altura em todo e cada um de nós. Essa atitude humanamente enorme que é o perdão, deveria em qualquer altura ter o mesmo sentimento profundo que outro grande homem mostrou na África do Sul.

Mas porque é que entrámos em ciclos contínuos sempre da mesma coisa, onde cada vez mais a obscuridade das atitudes, o interesse pessoal, a sede de poder, o lado maléfico, vem cada vez mais aumentando. Como acontece esta degradação das pessoas.

O poder deveria ser temido pela responsabilidade que acarreta, o interesse pessoal deveria passar pela felicidade daqueles que mais gostamos, e de todos os outros com que simplesmente trocamos olhares no metro, no autocarro, na rua, que vemos na televisão, deveríamos todos ter a ganância de todos estarmos felizes connosco e com a felicidade dos outros, a humildade deveria ser comum como pó ou chicletes coladas na rua ou mesmo o ar que repirámos, a honra deveria ser certa e dada como adquirida, tal como a contagem dos anos no calendário ou o início e o fim do dia, e o recomeço deste ciclo infindável de dias e noites.

Mas Porquê? É assim tão difícil? Será que esta escalada está associada de alguma forma com a expansão do universo? Será que a preguiça de fazer o esforço por seguir as regras do bom-senso e dar o primeiro passo, é demasiado grande? Será que a sociedade em geral se tornou num comboio gigante, imparável na sua evolução pela linha fora? Será que essa mesma linha tem um fim? Não será possível parar esta enorme massa de atitudes erradas e mudar o rumo?


Valerá a pena ter esperança?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Decisões

Tomei uma decisão. Vou fazer algo que toda a gente me diz para não fazer. Toda a gente me advertiu que me vou arrepender. Toda a gente me diz que é um erro. Agradeço a preocupação, mas toda a gente fez com que eu passasse um mês infernal quando me convenceu a deixar-me ficar. Não vale a pena estar em algo de que já não se gosta. Não vale a pena atrasar ou deixar os outros a pensar que vale a pena contar quando na realidade já não podem contar. O gosto, maior que o de muitos juntos, dentro de mim morreu. Não adianta, continuar seria travar a minha vida, estragar-me ainda mais enquanto pessoa e continuar a viver um engano.

Arrependimento de ter entrado? Não. Definitivamente não. Mas pena que tenha havido este desfecho? Sim. Imensa, mais do que àquela que muitos algum dia hão-de sentir.

Acabou, que fiquemos todos contentes com o futuro que se nos apresenta. Que não hajam ressentimentos. Que se mantenham as memórias que foram boas. Que o resto se foda. Que as amizades se mantenham. Que o espírito não morra em mais ninguém, nunca...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Back, or Not? Here's the Question.......

Não sei, assim como muitas outras coisas que fazem parte da minha vida neste momento, não tenho certezas. Não sei se fico, se bazo. Não sei se faço, ou espero. Não sei se gosto, ou não.

No fim tenho uma única certeza. Há algo que quero atingir. Sinto-me muito próximo de um estágio, o qual persigo à muito demasiado tempo. Mas para o futuro, para esse, há é um caminho com demasiadas bifurcações e demasiados obstáculos a ultrapassar.

Que vou fazer? Para já, continuar. Para já, esperar. Para já, nunca odiar ou afastar ou desgostar. Para já, dar aqui e agora todo o valor do mundo que os meus amigos têm tido para mim, que não fazem ideia. Para já, fazer dos problemas um prego na minha própria contrução, e daquilo que irei criar e deixar-se contruir. Para já, viver como se não houvesse amanhã....