segunda-feira, 31 de março de 2008

Informo

Tenho a informar que durante uns dias ou semanas não vou publicar mais posts. Uma vez que apesar do sentimento do anterior, este, agora que o releio, não ficou tão claro quanto desejava, quanto um dia já consegui escrever. Tenho umas coisas que gostava muito de partilhar mas devido à minha própria dúvida sobre a capacidade de criar o post o mais idealmente possível, perfiro guardar mais um pouco e aguardar por melhores dias. Não existem dúvidas existenciais nem nada disso, apenas confusão, isto é, muita coisa ao mesmo tempo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

L...

Vinha no carro, com dois pequenos pendricalhos na mão e a mirar a Lua. Tudo ficou em branco em frente dos meus olhos e tal qual no cinema começam a rolar cenas diante mim. Vi bons tempos passados na tua companhia, revi os piores momentos também... "acordo". Ouço no rádio as notícias das angústias dos tibetanos e dos chineses. Uns querem a liberdade de volta e outros querem mais um bocado de terreno deste planeta para sujar e estragar e monopolizar.
Remexo na minha mão os pendricalhos. Uma metade de coração vermelho desbotado com um ursinho já maneta e duas letras em branco "TU". A seu lado um boneco pequeno em forma de diabinho carinhoso. Volto ao meu momento, a pensar em ti, em nós. Penso, e dou comigo a sentir-me algo envergonhado pelo último pensamento na minha cabeça antes da interrupção. Ao mesmo tempo um bocado desanimado por apenas pensar em nós e tão pouca coisa conseguir idealizar para os nossos tempos juntos.
Em Leituras recentes atravessam-me o pensamento agora. Uma história que me tocou bastante pois acredito em tudo o que nela se passou. ''Dejá vu' de algo que também já passamos?', não sei e não me parece muito fazendo uma análise séria. Apesar de tudo, fiquei intrigado se uma coisa seria verdade ou até que ponto poderia ser verdade.
Árvores intrometem-se entre mim e o objecto que mirava bem alto na noite. Será que a Lua será assim especialmente encantadora para os olhos dos apaixonados? Continuo intrigado mais uns momentos pois continuo incapaz de mirar o objecto da minha dúvida.
O rádio continua um pouco histérico a disparar notícias sobre o crash que se avizinhou ou avizinha nas bancas mundiais. Só acho uma coisa, apartir do momento em que se souber de alguns banqueiros que se suicidem ou gestores ou outros indivíduos do mesmo ramo, podemos dizer que estamos no 'Grande Crash Mundial de 1929 - Reloaded'. Só espero também estar muito enganado.
Sou assaltado por uma resposta. Ainda antes de qualquer vislumbre da origem da minha dúvida um pensamento me assalta sobre a forma de recordação. Ainda à uns minutos atrás quando olhei a Lua, o que comecei a pensar foi precisamente em ti. À uns bons tempos atrás, cheguei numa noite menos boa a sentar-me no chão ao pé da janela a mirar a Lua.
Aperto os pendricalhos na mão, com vontade de não os largar nunca mais. Ainda antes de esperar que ela me desse uma resposta, a solução do inigma veio ter comigo, veio de dentro de mim, do sítio onde guardo o amor que sinto por ti, de ti. E só os vou largar porque um dia algo me vai tirar as forças dos dedos que os estão a agarrar...

AMO-TE, mesmo que quando to diga, tu ouças e me digas que para ti o valor de verdade daquela premissa é negativo ;P